terça-feira, 3 de julho de 2012

Jornal Eletronico da Escola Agrícola


Tristeza Parasitaria Bovina (TPB)

Popularmente conhecida como tristeza bovina ou tristeza parasitaria, os primeiros sintomas é a febre intensa, acompanhada de sonolência, apatia, diminuição do apetite e pelagem arrepiada. Aqui no Brasil, essa enfermidade é transmitida pelo carrapato que pode ser ainda por insetos hematófagos ou por instrumentos contaminados por sangue.
   A tristeza parasitaria bovina ataca principalmente gados criado em regiões nas quais as condições climáticas permitem o desenvolvimento do vetor dessa enfermidade, atingem frequentemente bezerros entre 4 – 10 meses de vida, pois nessa fase a proteção conferida pela mamada do colostro já deixou de existir, é necessário que o bezerro desenvolva suas defesas orgânicas para não adoecer.
  A imunidade conferida pela anaplasma ou a babesiose (bactérias causadores da doença) é diferente daquela observada nas infecções bacterianas ou virais, ou daquelas observadas após as vacinações. Para que ela ocorra existe a necessidade da presença do parasita circulando no sangue dos animais. A presença anaplasma no sangue estimula as defesas orgânicas do animal, gerando um estado de equilíbrio, onde uma pequena carga parasitaria determina um estimulo e uma resposta de defesa orgânica que controla o numero de parasitas existentes. Esse equilíbrio entre parasita e defesa orgânica impede que o animal adoeça. Esse estado de imunidade conferida pela presença do parasita é dito como premunição. Enquanto esse equilíbrio ou estado de premunição natural não for atingido, o bezerro estará mais suscetível ao aparecimento da doença.
    Depois dos 10 meses de vida do animal, felizmente a resposta para a produção de glóbulos vermelhos é muito boa, fazendo com que a maioria dos animais sinta de forma branda a doença, que pode ser facilmente controlada com a administração correta dos medicamentos que atuam contra esses parasitas, se o medicamento não for usado de maneira correta isso só ira favorecer o parasita, gerando a ele (parasita) maior resistência ao medicamento.





Tratamento

A primeira providencia a ser tomada é o tratamento dos animais doentes, se o agente causador da doença for babesiose o medicação indicada são os derivados de dimidina ( é uma solução aromática que tem acção bacteriostática e bactericida no tratamento das lesões cutâneas crônicas e infectadas) e no caso de anaplasmose os antibióticas a base de oxitetraciclinas, se o produtor tiver duvidas de quais das duas bactérias atacou o animal é recomendado que use os dois medicamentos.
Duração do ciclo do carrapato parasitário
Tempo mínimo de vida: 18 dias
Tempo máximo: 35 dias
Tempo médio: 21 dias
Cada fêmea suga 2 a 3ml de sangue, portanto 100 fêmeas de sugam 250ml; 20 fêmeas causam perda de 4 kg do peso vivo por ano.


Figura2. Esquema do ciclo de vida do carrapato Ripicephalusmicropulos. https://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/98/ETOMOLOGIA/CARRAPATOS_AHID.pdf


Importância do conhecimento da TPB

A tristeza parasitaria bovina é caracterizada como uma enfermidade que esta presente no cotidiano das propriedades leiteiras e de corte, isso mostra a necessidade de conhecer sua epidemiologia, controle, prevenção e seu tratamento para evitar perdas econômicas.

                                                                                            Handrya Carla, Rafaelli Rueckl e Bruna Vilhar
                                                                                          2º Técnico.
                                                             

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