Tristeza
Parasitaria Bovina (TPB)
Popularmente conhecida como tristeza bovina ou
tristeza parasitaria, os primeiros sintomas é a febre intensa, acompanhada de
sonolência, apatia, diminuição do apetite e pelagem arrepiada. Aqui no Brasil,
essa enfermidade é transmitida pelo carrapato que pode ser ainda por insetos
hematófagos ou por instrumentos contaminados por sangue.
A
tristeza parasitaria bovina ataca principalmente gados criado em regiões nas
quais as condições climáticas permitem o desenvolvimento do vetor dessa enfermidade,
atingem frequentemente bezerros entre 4 – 10 meses de vida, pois nessa fase a
proteção conferida pela mamada do colostro já deixou de existir, é necessário
que o bezerro desenvolva suas defesas orgânicas para não adoecer.
A
imunidade conferida pela anaplasma ou a babesiose (bactérias causadores da
doença) é diferente daquela observada nas infecções bacterianas ou virais, ou
daquelas observadas após as vacinações. Para que ela ocorra existe a
necessidade da presença do parasita circulando no sangue dos animais. A
presença anaplasma no sangue estimula as defesas orgânicas do animal, gerando
um estado de equilíbrio, onde uma pequena carga parasitaria determina um
estimulo e uma resposta de defesa orgânica que controla o numero de parasitas
existentes. Esse equilíbrio entre parasita e defesa orgânica impede que o
animal adoeça. Esse estado de imunidade conferida pela presença do parasita é
dito como premunição. Enquanto esse equilíbrio ou estado de premunição natural
não for atingido, o bezerro estará mais suscetível ao aparecimento da doença.
Depois
dos 10 meses de vida do animal, felizmente a resposta para a produção de
glóbulos vermelhos é muito boa, fazendo com que a maioria dos animais sinta de
forma branda a doença, que pode ser facilmente controlada com a administração
correta dos medicamentos que atuam contra esses parasitas, se o medicamento não
for usado de maneira correta isso só ira favorecer o parasita, gerando a ele
(parasita) maior resistência ao medicamento.
Tratamento
A primeira providencia a ser
tomada é o tratamento dos animais doentes, se o agente causador da doença for
babesiose o medicação indicada são os derivados de dimidina ( é uma solução
aromática que tem acção bacteriostática e bactericida no tratamento das lesões
cutâneas crônicas e infectadas) e no caso de anaplasmose os antibióticas a base
de oxitetraciclinas, se o produtor tiver duvidas de quais das duas bactérias
atacou o animal é recomendado que use os dois medicamentos.
Duração
do ciclo do carrapato parasitário
Tempo
mínimo de vida: 18 dias
Tempo
máximo: 35 dias
Tempo
médio: 21 dias
Cada fêmea suga 2 a 3ml de sangue, portanto 100
fêmeas de sugam 250ml; 20 fêmeas causam perda de 4 kg do peso vivo por ano.
Figura2. Esquema
do ciclo de vida do carrapato Ripicephalusmicropulos. https://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/98/ETOMOLOGIA/CARRAPATOS_AHID.pdf
Importância
do conhecimento da TPB
A tristeza parasitaria bovina é
caracterizada como uma enfermidade que esta presente no cotidiano das
propriedades leiteiras e de corte, isso mostra a necessidade de conhecer sua
epidemiologia, controle, prevenção e seu tratamento para evitar perdas
econômicas.
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